1 – Tu és a tua Reputação
A uma semana das eleições, Hillary Clinton foi novamente assombrada pelo seu escândalo de estimação: os emails.
E, apesar de o FBI não ter chegado a nenhuma conclusão que o levasse a tomar acções contra a candidata, o clima de suspeição custou-lhe votos.
Este é o lado negro da frase “Tu és a tua Reputação”: vale mais a alegação e as infindáveis conversas à volta da alegação do que o facto de, no fim, delas não ter saído nada.
No teu projecto de marketing digital, também vais ser a tua reputação. (não num sentido tão negro)
As boas notícias é que tu vais controlar a larga maioria das coisas que influenciam a reputação do teu projecto:
- A tua resposta a perguntas
- A tua reacção a comentários
- A forma como resolves queixas e pedidos
- E a forma como contribuis para a tua comunidade
Quanto melhor te saíres, mais vais criar um sentimento positivo à volta do teu projecto.
“Eles fazem coisas fixes”, Ela resolveu o meu problema num instante”, “O pessoal foi super simpático”, “Estão sempre a fazer coisas com piada, até nos comentários”. Se estiveres sempre a trabalhar com isto em mente, não só vai ser este o tipo de pensamento positivo que vais atrair, mas também te vais aperceber que tens alguma protecção de maus momentos.
Se formos um “Cristiano Ronaldo do digital”, com golos e boas exibições em todos os jogos, um mau jogo é uma excepção. Olha, aconteceu. You can’t win them all…
Mas alguém que tenha uma má exibição depois de outros 19 más prestações, quem está com atenção pega nas más exibições e soma 2 com 2. Ou 1 com 19.
Tu és a tua reputação. Mas ela começa em ti.
2 – Os Produtos vão de encontro aos Clientes
Foi dito (e repetido) que Trump e Clinton foram os dois piores candidatos a uma eleição americana, na campanha mais degradante.
É possível.
O que também é possível é que apenas tenham sido dois produtos alinhados com a clientela que servem. Porque, embora o eleitorado reconheça que eram 2 candidatos indesejáveis, foram os que venceram as eleições primárias (processo preliminar dentro de cada partido) e não houve um movimento de cidadania para os bloquear a posteriori.
Ou seja: descontentes mas resignados.
Em grande parte, pessoas como Trump e Clinton podem chegar ao poder porque o processo de eleição tem obstáculos e movimentos de bastidores sobre os quais pouco ou nada sabemos (sim, Illuminati confirmados). Mas vamos saltar isso à frente. Não é importante para aqui e, sinceramente, tenho medo que eles estejam a ler.
Porém, as suas subidas ao poder também acontecem porque um público condicionado, pouco informado e pouco educado tem uma fasquia baixa. E, mesmo quando está descontente, resigna-se e deixa passar.
E agora, Afonso, onde raio é que entra o Marketing Digital nisto??
Simples: se tens um produto, serviço ou qualquer outro projecto em que acreditas e acreditas na sua qualidade, um cliente pouco informado e pouco educado é uma oportunidade muito importante.
Primeiro, porque o podes educar. E as pessoas não se esquecem de quem as deixou melhores hoje do que eram ontem.
Depois, porque educando-o e informando-o… a fasquia dele vai subir. Vai tornar-se mais exigente.
Se eu der um workshop sobre nutrição básica a 10 pessoas, no dia seguinte tenho 10 pessoas mais exigentes a olhar para a composição dos produtos que compram, a questionar as suas escolhas passadas e, sobretudo, a procurar as melhores opções, de acordo com o que acabaram de aprender.
E vão-se lembrar que fui eu que lhes ensinei isso. (Nota: vão estar mais receptivas a qualquer conversa que eu tente iniciar com elas, porque já têm essa experiência positiva)
Se tens um projecto de qualidade, educa o teu potencial cliente sobre o que é qualidade e como é que ele a pode identificar. Dito de outra forma: cria essa fasquia.
E, por último, mostra-lhe que o teu projecto passa essa fasquia. Com testemunhos, case studies, endorsements, conteúdos que deixam claro que quem sabe, quem pode, quem manda neste meio és tu.
Quem já estudou um pouco de marketing digital, conhece isto como “Marketing de Conteúdos”. E muitos empresários, erradamente, têm imenso medo dele.
3 – Seres Humano (e Saberes Interagir com Humanos) Conta
Vamos ser sinceros.
Ninguém acusou Trump ou Hillary de serem pessoas que sabem criar ligações com outros humanos.
Hillary é uma política de carreira a que qualquer observador reconhece falta de empatia e aptidão social. E um (demasiado) grande esforço em tentar parecer alguém com que os americanos se podem identificar. Aliás, o show cómico “Saturday Night Live” caracterizou-a várias vezes com uma imitação em que falava da sua “mãe humana”, implicando a existência de uma mãe alienígena.
Por sua vez, Trump… ui. Os seus discursos contém uma receita que combina xenofobia, misoginia, alergia a factos. Lida pessimamente com o confronto directo e tem um ego claramente frágil, o que só o torna ainda mais beligerante.
Ora, quem é que não quer ir beber um copo com estas duas criaturas? Não contem comigo, porque as minhas séries não se vêem sozinhas.
No teu projecto de marketing digital…
Vais estar num mundo onde não há só 2 escolhas (ou 4, se contares com Gary Johnson e Jill Stein).
Para todos os assuntos e negócios, há montes e montes de concorrência: inúmeras opções, páginas, perfis, sites e lojas, o que significa que quem tiver um projecto que fala com os seus fãs e clientes de forma Trump-esca ou Hillary-esca vai ter um final…
… Menos bom.
Com um exemplo: se a Pizza Hut me entregar uma pizza fria e a pessoa com que eu falo for mal-educada quando chamo isso à atenção, a Pizza Hut já não me leva nem mais um cêntimo, porque tenho Telepizza, Domino’s Pizza e sabe-se lá quantas outras opções para quando me apetecer comida em forma de círculo de origem italiana.
Para sermos um bom humano no mundo digital, conta e muito aprenderes a:
- Reagir quando dizem mal da tua marca
- Lidar com “trolls”
- E, sobretudo, deixar passar o que tu e/ou o teu gestor de redes sociais tenham de construtivo e positivo em todos os posts, comentários e mensagens.
Aqui, o conselho que te posso dar é tão simples e directo quanto:
Tenta ser a pessoa hiper-mega-porreira e dinâmica que gostavas que falasse contigo em qualquer loja em que entres ou qualquer aula a que vás.
Se isso falhar, tenta não dizer que vais construir um muro.
Se estás no início do teu caminho no Marketing Digital ou quiseres um “refresh” rápido do que é realmente importante para teres sucesso nas redes sociais, posso dar-te uma ajuda com este curso gratuito.