(Este artigo faz parte da série “Primeiros Passos“, específica para estudantes e empresários no início do seu caminho no mundo do Marketing Digital. Quem sabe… talvez estejam agora a pegar no vosso novo projecto digital. E o Marketing de Conteúdos pode ser uma peça determinante para o teu sucesso.)
Para começarmos este artigo em sintonia, “fui ao dicionário” ver a definição de Marketing de Conteúdos:
A arte de mostrar que somos bons no que fazemos. Que sabemos do que estamos a falar. Que somos mais Robert De Niro que figurante dos Morangos com Açúcar. Que somos mais Ronaldo que Moretto.
Aliás, em Inglês sempre se disse:
Muito bem. Então, fica-nos a questão: como é que conseguimos fazer marketing de conteúdos à patrão. Ou seja:
Como é que mostramos a alguém que sabemos o que estamos a fazer?
A melhor forma de provarmos o nosso valor é darmos algo com valor aos nossos fãs.
Com efeito, o melhor Marketing de Conteúdos consiste em criar um conteúdo que cumpre estes 3 requisitos:
- Mostrar que somos bons no que fazemos. Isto é o núcleo do Marketing de Conteúdos mas, fazendo também as 2 coisas que se seguem, o efeito de um conteúdo torna-se muito maior, porque podemos também…
- Entregar algo que melhora o dia a quem nos segue
- E, por último, o bónus: algo útil, relevante e que as pessoas valorizam tende a ser partilhado (e visto por mais pessoas)
Por isso, muito antes de escolhermos…
- se vamos fazer vídeos, infográficos, GIFs…
- ou se os vamos publicar no Facebook, no nosso site…
… temos de perceber como é que podemos ser úteis e relevantes para a nossa audiência de fãs. (porque, já que estamos numa de ir ao dicionário, “fã” é sinónimo de “potencial cliente”).
Vamos ver como podes “checkar” os 3 requisitos que vimos acima com 2 exemplos:
Exemplo 1: Pastelaria
Uma pastelaria pode criar um vídeo em que ensina as pessoas a fazer um bolo caseiro. Daqueles tão apelativos que, só de vermos o vídeo, engordamos 3 quilos.
Com este vídeo, a pastelaria:
- mostra que tem os inevitáveis dotes de pasteleira (1)
- dá aos fãs um pouco mais de conhecimento do que eles tinham e algo que podem fazer em casa, para si e para amigos (2)
- e, sendo o vídeo apelativo, é claramente digno de ser partilhado por, pelo menos, alguns entusiastas (3)
No que toca a Marketing de Conteúdos, eu reagiria assim a este conteúdo:
Exemplo 2: Consultora
Uma consultora que ajuda outras empresas a reavivarem o seu negócio abre uma secção de testemunhos no seu site, em que clientes deixam algumas palavras sobre a (alta) qualidade do trabalho da consultora.
Testemunhos são óptimos para cumprir o 1º requisito. Poucas coisas nos dão tanta credibilidade quanto alguém a dar-nos a sua aprovação. Mas…
… para os restantes requisitos, um testemunho já não é tão bom: não vai deixar as pessoas com mais conhecimento, mais motivação ou mais entretidas do que estavam antes de lerem o testemunho.
E não vai haver grande motivação para partilhar um “Esta empresa aprova o nosso trabalho” com amigos e conhecidos.
Emma Stone, ficas com vontade de partilhar um testemunho de uma empresa que mal conheces com os teus amigos?
Solução: criar, além ou em vez de um testemunho, um recontar detalhado do que a consultora fez para reavivar o negócio da empresa em questão. Assim, além da competência da consultora ficar clara (1), vai haver conhecimento a ser transmitido (2), o que vai maximizar as hipóteses deste conteúdo ser partilhado (3).
E, agora que já sabemos o que faz um bom conteúdo…
Onde é que devemos pôr em prática o nosso Marketing de Conteúdos?
A Internet tem tantas, tentas ferramentas. É fácil sentirmo-nos sobrecarregados. Até esmagados.
A chave é sabermos qual é a ferramenta certa para cada objectivo.
E, no que diz respeito ao marketing de conteúdos, a solução está em olhar para os requisitos. Nós queremos:
- Ter espaço e liberdade suficiente para conseguirmos provar o nosso valor
- Ter o mesmo espaço e liberdade para educar, inspirar e entreter
- Que os nossos conteúdos sejam facilmente partilháveis
Se dermos prioridade aos dois primeiros requisitos, podemos cumpri-los colocando conteúdos no nosso site, no nosso blog, nos emails que enviamos a quem gosta de nos seguir.
Mas olhando para o terceiro requisito, percebemos que devemos assegurar que os nossos super-conteúdos estão…
Nas Redes Sociais.
Colocando links para o nosso novo artigo (alojada no nosso site) no Facebook, colocando uma fotografia da nossa nova criação no Instagram, fazendo um tutorial detalhado para o YouTube.
Pensa nas redes sociais como uma enorme festa em que acabas de entrar.
Com a conversa certa, podes começar com 2 pessoas à tua volta mas, à medida que elas vão “partilhando” e chamando os seus amigos, podes acabar o dia com 50 pessoas à tua volta, ansiosas por ouvir as tuas histórias (ou conteúdos).
E isto, tal como a analogia acima indica, é particularmente importante no início do teu projecto, em que podes ainda não ter fãs – sem fãs, não vais ter quem visite o teu site, e não vais ter quem subscreva aos teus emails.
E mesmo quando tiveres o teu site com um bom número de visitas, vais-te lembrar de falar com o teu web designer e pedir-lhe para colocar na página de cada artigo aqueles botõezinhos de partilha, tal como este artigo tem.
Por isso:
O teu objectivo é tentar sempre deixar um visto nos 3 requisitos do Marketing de Conteúdos:
- O teu conteúdo demonstra o teu conhecimento (a pastelaria que sabe fazer bolos; a consultora que sabe ajudar outras empresas)
- O teu conteúdo é útil e relevante para terceiros (a pastelaria mostra como fazer um bolo em casa; a consultora sugere coisas que todas as empresas podem fazer para melhorar)
- O teu conteúdo dá bons argumentos para ser partilhado (respeita os dois requisitos anteriores e foi publicado num sítio em que a partilha é fácil e imediata, como uma rede social ou um site com “social buttons”)